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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

God Hates Church

.....A imbecilidade religiosa as vezes é tão absurda, que torna qualquer crítica desnecessária. Segundo uma matéria de hoje, uma igreja batista de Wetsboro no Kansas e uma organização chamada God hates fags organizou manifestações em enterros de soldados mortos no Iraque (??) alegando que suas mortes eram o resultado de um castigo divino já que os EUA permitem homosexuais em seu território (????). Com dizeres como Thank God for dead soldiers(Obrigado senhor pelos soldados mortos)eles estiveram em vários enterros, mas depois de tamanha estupidez eles não puderam contar com a indulgencia comum as loucuras religiosas e terão que pagar onze milhões de dólares ao pai de um dos soldados (sinal que talvez Deus exista mesmo).

sábado, 27 de outubro de 2007

Fé...


.....Questionar faz parte da natureza humana, questionamos tudo ao nosso redor desde nossa infância. Questionar é sinal de curiosidade saudável e só através dos questionamentos de grandes curiosos, nós chegamos onde chegamos.
Mas quando o assunto é crença ou fé no sentido religioso, nos deparamos com uma parede. A fé no sentido religioso é crer sem questionar e sem necessitar de provas de espécie alguma, e através da história se mostrou também uma útil ferramenta política.

.....A história nos mostra que muitas das doutrinas e religiões (pra não dizer todas) que arrastam milhões de seguidores pelo mundo foram construídas sobre interesses políticos e econômicos e em intermináveis disputas por poder. Mas mesmo sabendo disso, qualquer questionamento que vá de encontro a fé alheia é tido como desrespeitoso.

.....Será que já não é tempo de parar de nos curvarmos perante esses mitos que não nos permitem livrar-mo-nos de antigos tabus que a muito tempo nos atrasam? Será que ainda precisamos que a Igreja, seja qual for, funcione como um regulador moral da sociedade demarcando nossos limites?

.....Não tenho a intenção de contrariar a fé alheia, mas já que o estado é laico (pelo menos aqui), acho que já está na hora das pessoas manterem suas crenças dentro de suas respectivas casas ou igrejas, e deixarem as questões sociais nas mãos dos homens.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Bom-senso?


.....Confesso que não sou fã do nosso Governador, mas sei que bom-senso é um artigo raro no meio político e por isso me surpreendi com suas declarações:

Drogas:

....."Não adianta fazer trabalho só de conscientização. Esse trabalho de saúde não é suficiente. Se fosse legalizada seria até mais fácil identificar esses usuários porque as pessoas não se sentiriam criminosas e sairiam do casulo. Você teria uma política pública mais ampla de atendimento aos drogados. Você teria a venda controlada pelas autoridades. Faria controle de demanda. Então, não consigo entender. Que a droga destrói, é óbvio. Como cigarro mata. Tive que tomar remédio para parar de fumar. É uma droga, entra na sua veia, vai te consumindo. Quem nunca teve um caso de um amigo alcoólatra que tenha sofrido por isso? Droga é a mesma coisa. Ninguém quer isso. Mas acho que é uma política de enxugar gelo porque não pára o consumo."

Aborto:

....."A questão da interrupção da gravidez tem tudo a ver com a violência pública. Quem diz isso não sou eu, são os autores do livro "Freakonomics" (Steven Levitt e Stephen J. Dubner). Eles mostram que a redução da violência nos EUA na década de 90 está intrinsecamente ligada à legalização do aborto em 1975 pela suprema corte americana. Porque uma filha da classe média se quiser interromper a gravidez tem dinheiro e estrutura familiar, todo mundo sabe onde fica. Não sei por que não é fechado. Leva na Barra da Tijuca, não sei onde. Agora, a filha do favelado vai levar para onde, se o Miguel Couto não atende? Se o Rocha Faria não atende? Aí, tenta desesperadamente uma interrupção, o que provoca situação gravíssima. Sou favorável ao direito da mulher de interromper uma gravidez indesejada. Sou cristão, católico, mas que visão é essa? Esses atrasos são muito graves. Não vejo a classe política discutir isso. Fico muito aflito. Tem tudo a ver com violência. Você pega o número de filhos por mãe na Lagoa Rodrigo de Freitas, Tijuca, Méier e Copacabana, é padrão sueco. Agora, pega na Rocinha. É padrão Zâmbia, Gabão. Isso é uma fábrica de produzir marginal. Estado não dá conta. Não tem oferta da rede pública para que essas meninas possam interromper a gravidez. Isso é uma maluquice só."


Pode ser só falácia, mas é melhor que as que já ouvi.

...E aproveitando o assunto, segue o link da Women on Waves que se destina a prevenir gravidezes indesejadas e abortos inseguros pelo mundo inteiro.

Break the Silence